5/06/2009

a família, o movimento e o equilíbrio

Na última reunião teve-se como tema o belo post do MCE do Porto "O c de MCE" (http://mcenoporto.blogspot.com/2009/05/o-c-de-mce.html) e devo dizer que foi das reuniões mais entusiasmantes que aconteceram nos últimos tempos tendo em conta que voltámos a fazer um esforço para nos seguirmos pelo Método de Revisão de Vida (Ver, Julgar e Agir).

Para começar foi explicado o que se falou no ENR. (Apesar de não ter sido a mesma abordagem feita no post, era necessário para por toda a gente a par.)
Falarei por mim:
Ultimamente o Movimento tem-se vindo a perder um pouco da sua identidade. Andamos um bocado mais isolados no que toca a continuar uma instrução teológica mais experiente, dada por alguém leigo na matéria, se bem que por um lado acho que isso se deveu ao facto do nosso Movimento ter-se unido muito mais inter-diocesanamente. Estamos mais fortes e recorrendo a uma frase muito dita no 25 de Abril: "O Povo Unido JAMAIS Será Vencido." (Como família que somos, família unida jamais será vencida!)

Mais que tentar lembrar é preciso não esquecer quem nós somos e como fomos criados. Temos um C no meio das nossas iniciais que nos diferencia da maior parte dos outros movimentos e instituições.
Mas somos nós que não nos mostramos? É a Igreja que nos exclui? Pertencemos ou não à Igreja?

Surgiram diversas opiniões.
Não pertencemos à Igreja. Pertecemos à religião, tal como a Igreja mas não pertencemos à Igreja. A Igreja hoje em dia é uma instituição vivida como política, estagnada no tempo.
Para uns eram os ideais parados no século passado, para outros eram as morais. (Pessoalmente acho que a moral será sempre a mesma para sempre, porque está ligada à ética e ao senso comum mas os ideiais é que já não fazem sentido.)
Pertencemos à Igreja porque somos católicos. Ela está receptiva a nós.

Foi relembrado que o que se preserva no Movimento é a sua capacidade de se abrir ao meio e de aceitar aqueles que não são crentes. É de conhecimento geral que existe uma grande percentagem desta camada social no nosso movimento e que, tal como os crentes, são essênciais para manter um certo equilíbrio. São eles que dão a perspectiva exterior e são eles que aprendem a perspectiva de Deus e aplicam-na de forma pessoal.

Eu, como não crente, salientei o facto de não me querer nunca associar à Igreja porque nunca me sinto bem vinda ao que me dizem: a Igreja não exclui. De facto é verdade, mas apesar de não me excluir directamente, exclui-me indirectamente: as rezas, o excesso visual, o excesso levado por alguns, o excesso da frieza com que se vive a religião lá...
Contudo, foi entendido por todos que se trata do que é vivido em Portugal. Já houve uma Igreja onde me senti incrivelmente bem mas isso é outra história...

Depois de muito VER e muito JULGAR, de muito gesticular e muito contestar chegámos a um AGIR:
Vamos todos assistir a uma missa, para a avaliar de bom e de mau, seguido de uma oração de taizé, para uma comparação. Ainda foi pensado uma ida à Missa do Estudante, em Leiria, mas isso é mais difícil...

Desculpem o post grande; acreditem ou não, ainda ficou muito por dizer... fica sempre! :)

8 comentários:

*Vanessa* disse...

Fiquei mesmo mesmo contente que o meu post tenha servido para gerar uma discussão destas... é mesmo importante questionarmos o nosso papel enquanto católicos e enquanto membros pertencentes à Igreja. Realmente, directamente, a Igreja nao exclui, mas enquanto instituição com determinadas características é normal que pareça aprisionadora, nem eu como católica me identifico com determinadas coisas, mas a fé é algo bem maior e libertador =)
Força nesse agir, depois quero ler o feedback dessa missa =)

Beijoquinha
Já agora quem escreveu este post? nao me aparece... =(

mikkas disse...

eu, mikkas*

mce tomar disse...

Olá aveirenses e mcegueses em geral...
Infelizmente, como sabem, não pude estar no ENR, mas desde já agradeço colocarem a vossa discussão no blog, onde todos têm acesso.
Bem... eu cresci na Igreja, fiz Igreja, e sou Igreja, porque embora nem tudo seja bom, nem eu concorde com tudo, a Igreja diz-nos vezes sem conta, que CADA UM DE NÓS É IGREJA, e como todas as palavras, estas têm também diversas leituras, mas acho um pouco idêntico ao sermos cidadãos, comportamentos e atitudes que apenas dependem de cada um de nós, mas que directa ou indirectamente revelam valores e crenças (não só religiosas)!! E quero deixar uma questão...será que os que se dizem não católicos, o serão?
Não é por eu discordar de valores ou atitudes de meu pai ou de minha mãe que deixo de ser filha deles!!!

Um Beijão
Marta

João Nogueira disse...

Grande Mikkas :)

Subscrevo e apoio.

mikkas disse...

Ai oh Marta! Nem te digo, nem te conto! Sabes bem a minha resposta: depende do que cada um considerar ser Deus (para si).

Beijo grande*

aestrelaquequeriavoar disse...

E eu já te disse que o meu se pode chamar Micas e o teu Urso Polar.... ou Borboleta Voadora... ou tudo o que tu quiseres!!! hehe =)

mikkas disse...

Não era Milkas? eheheheheh

aestrelaquequeriavoar disse...

Tens razão...=D